Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado e filho do ex-presidente, fez três solicitações ao STF. A primeira e mais polêmica foi a proposta de “anistia ampla, geral e irrestrita” para todos os condenados e réus, englobando diretamente seu pai. Essa solicitação, considerada extrema e com pouca viabilidade, foi recebida com ceticismo pela Corte. Além disso, Eduardo pediu a anulação da inelegibilidade de Bolsonaro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e solicitou a retirada do ministro Alexandre de Moraes da composição do STF.
A resposta de um ministro da Corte, que manifestou espanto diante dos pedidos, denotou claramente que tais questões não serão sequer objeto de discussão. Essa resistência dos magistrados sinaliza uma posição firme do Judiciário, que parece não se deixar influenciar por pressões externas, mesmo que venham de figuras internacionais como Donald Trump, que tem demonstrado apoio tanto a Bolsonaro quanto suas iniciativas.
A tentativa de buscar auxílio internacional, especialmente dos Estados Unidos, é vista como uma estratégia de Bolsonaro para contornar a situação jurídica adversa que enfrenta. Essa “bala de prata”, como é chamada, poderia, em tese, oferecer um respiro ao ex-presidente em meio a um cenário de isolamento político e jurídico. Contudo, tanto o Judiciário quanto o Legislativo parecem determinados a manter suas posições e não ceder à pressão internacional.
Assim, enquanto Jair Bolsonaro se esforça para reverter sua situação, o futuro político do ex-presidente parece cada vez mais incerto, e sua ambição de concorrer nas próximas eleições enfrenta uma barreira difícil de transpor. As reações do STF são um indicativo claro de que o caminho para a recuperação de sua influência política será complicado e poderá não se concretizar.