Nos bastidores, aliados já discutem possíveis medidas para evitar complicações. Recentemente, tanto Eduardo quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmaram que o deputado permanecerá nos Estados Unidos, o que vai de encontro às expectativas de alguns setores que desejavam seu retorno ao Brasil. Dentre as alternativas analisadas, estão a possibilidade de solicitar uma renovação da licença por mais 120 dias ou apoiar uma proposta do deputado Evair de Melo (PP-ES), que visa alterar o regimento interno da Câmara, permitindo a atuação de parlamentares fora do país.
O cenário se complica no contexto das investigações que envolvem Eduardo. Em maio, a Procuradoria-Geral da União solicitou a abertura de um inquérito para investigar sua possível participação em crimes relacionados à obstrução de justiça e formação de organização criminosa. O Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu o pedido, levando a consequências significativas para o deputado.
No último sábado, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, concluiu que Eduardo havia intensificado suas ações ilícitas, especialmente após uma operação da Polícia Federal que resultou na aplicação de tornozeleira eletrônica no ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes decidiu incluir postagens e entrevistas recentes de Eduardo no processo.
No mesmo dia, o deputado provocou Moraes através de uma rede social, sugerindo que o ministro não tinha poder sobre ele. Em nova declaração neste domingo, Eduardo afirmou que não é um “foragido”, mas sim “protegido” nos EUA. O desfecho desse imbróglio político ainda é incerto, mas o panorama atual coloca Eduardo em uma posição delicada, cercada por riscos que podem impactar sua carreira e a imagem do bolsonarismo no Brasil.