A crítica de Eduardo é centrada na chamada “Tarifa-Moraes”, uma referência feita ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, responsável por decisões que ele considera conflitantes com as liberdades fundamentais brasileiras. O deputado ainda argumentou que a missão se traduz em um “gesto de desrespeito” à mensagem explícita de Trump, que indicou os caminhos que o Brasil deve percorrer para restaurar a normalidade em sua democracia e garantir a liberdade de expressão.
Estão programadas para participar dessa comitiva pelo menos oito senadores de diversos partidos, incluindo figuras como Marcos Pontes (PL-SP), Carlos Viana (Podemos-MG), e Jaques Wagner (PT-BA), entre outros. A presença de senadores do PT, partido do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na delegação intensificou a indignação de Eduardo, que considerou o envolvimento de representantes de um governo supostamente hostil aos Estados Unidos como um “constrangimento”.
Eduardo ressaltou que qualquer diálogo significativo com os Estados Unidos deveria ser precedido por ações concretas de restauração das liberdades civis e uma anistia geral, o que ele vê como um pré-requisito essencial para qualquer aproximação diplomática. A missão, segundo ele, carece de legitimidade ao ignorar esses pontos fundamentais, fazendo ecoar um sentimento de frustração e ceticismo em relação ao futuro das relações Brasil-EUA.
Essas declarações refletem um clima crescente de polarização e tensão nas relações diplomáticas, em um momento em que o Brasil procura alinhar sua política externa em um cenário global cada vez mais complexo. As vozes divergentes no país sobre como lidar com a liderança americana evidenciam as dificuldades em encontrar um consenso que favoreça os interesses nacionais.