Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, não poupou palavras em suas declarações. Ele alegou que Moraes é “frouxo” e “não é macho”, insinuando que o ministro teme as consequências de ações que poderiam envolver Trump. O deputado provocou: “Por que, senhor Moraes, o senhor não faz a mesma coisa com Trump que fez comigo, com Allan dos Santos e Elon Musk?”. Sua retórica provocativa continua, afirmando que Moraes sofre com insônia e medo devido a possíveis consequências que pode enfrentar.
O político levanta a possibilidade de que a “lei Magnitsky”, que permite ao governo dos Estados Unidos impor sanções a indivíduos em outros países que violam direitos humanos, possa ser aplicada não apenas a Moraes, mas também a membros de sua família e a autoridades na Polícia Federal, como o delegado Fábio Shor. As menções a Trump, nesse contexto, parecem aterradoras para Eduardo, que sugere que a imprevisibilidade do ex-presidente pode levar a complicações adicionais para as autoridades brasileiras envolvidas nas recentes investigações contra o clã Bolsonaro.
As tensões aumentaram à medida que Eduardo é investigado por ter tentado instigar o governo americano a sancionar autoridades brasileiras, especialmente Moraes, em resposta a atos considerados opressivos contra seus aliados políticos. Ele, que se autoexilou nos EUA, utiliza sua plataforma para pleitear anistia para aqueles envolvidos nas consequências violentas do 8 de janeiro.
A falta de resposta por parte de Moraes à provocação de Eduardo adiciona uma camada de complexidade a essa situação já tensa, que reflete a polarização política no Brasil e as relações internacionais em jogo. As palavras de Eduardo Bolsonaro não apenas expressam suas frustrações, mas também desenham um cenário onde a política interna e as relações externas se entrelaçam de maneira explosiva.