Nesse contexto, a Secretaria de Cultura (Secult) de Alagoas tem desempenhado um papel crucial na promoção e valorização dos povos originários e das comunidades de religiões de matriz africana. Em 2024, mais de R$ 3,6 milhões foram destinados por meio de três editais, sendo parte desse recurso voltado para a cultura afro, povos tradicionais e expressões culturais periféricas como hip-hop, dança e grafite.
A secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas, destacou a importância de preservar a memória e respeitar a diversidade para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. A superintendente de Patrimônio e Diversidade Cultural da Secult, Perolina Lyra, ressaltou que investir e preservar os legados dos povos tradicionais e afro-brasileiros é um ato de respeito à história e identidade do povo.
Além disso, a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) tem buscado combater o racismo estrutural, promovendo a inclusão de pessoas negras em vídeos institucionais e abordando a temática religiosa, como no vídeo “Xangô – Fé e respeito”. Iniciativas reparatórias para a Serra da Barriga e produção de vídeos que enaltecem a comunidade negra também foram destacadas.
Atualmente, Mãe Neide e Mãe Mirian são reconhecidas como patrimônios vivos ligados às religiões de matriz africana em Alagoas. Essas duas matriarcas representam a cultura afro-indígena no estado e foram registradas no Livro de Tombo como Patrimônio Vivo pelas Religiosidades de Matrizes Africanas. Mãe Mirian expressou sua gratidão e orgulho por esse reconhecimento, destacando a importância de lutar pela cultura e religião.