Economista do FMI alerta sobre impacto do atraso nos cortes de juros nos EUA e destaca desafios econômicos globais para os próximos anos.



O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Pierre-Olivier Gourinchas, fez declarações recentes que impactaram o cenário econômico mundial. De acordo com Gourinchas, um atraso no ciclo de relaxamento dos cortes de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed) pode contribuir para fortalecer o dólar. Além disso, o economista ressaltou o rápido aumento da produtividade nos EUA desde o início da pandemia, o que tem despertado o interesse de investidores.

Em relação à China, Gourinchas destacou a importância de o país focar mais no mercado interno para impulsionar seu crescimento econômico. Segundo ele, a China não pode depender apenas do resto do mundo para crescer e precisa melhorar seu balanço externo. Ele alertou que qualquer fraqueza na economia chinesa pode impactar negativamente os países em desenvolvimento que dependem das exportações para o país asiático.

No campo dos cortes de juros, as previsões do economista indicam que o Banco da Inglaterra deve continuar reduzindo as taxas ao longo de 2025, com um corte previsto por trimestre para apoiar o crescimento do consumo no Reino Unido. Por outro lado, o Banco do Japão deve aumentar os juros duas vezes neste ano e mais duas em 2026, de acordo com Gourinchas.

Sobre a Rússia, Gourinchas vinculou os altos custos da guerra na Ucrânia ao aumento da inflação no país, descrevendo a situação econômica russa como uma “economia de guerra”.

Por fim, o FMI recomendou que os países fortaleçam suas reservas fiscais para estarem mais preparados para crises inesperadas, como choques energéticos ou interrupções no comércio global. A proposta é criar um “colchão” fiscal que permita uma resposta ágil a esses desafios, sem comprometer o crescimento econômico.

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