Esse crescimento em janeiro é o melhor desde o início de 2023, quando houve um aumento de 2,5%. O resultado do primeiro mês deste ano ajudou a compensar a queda de 1,4% registrada em dezembro de 2023. Em relação ao mesmo período do ano anterior, janeiro apresentou um crescimento de 4,1%. Já no acumulado de 12 meses, o varejo teve um resultado positivo de 1,8%.
O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, explicou que o comércio varejista estava passando por um período de resultados fracos nos últimos meses, tornando o crescimento de janeiro ainda mais significativo. Ele ressaltou que essa dinâmica não é incomum, destacando que houve uma recuperação em janeiro após a queda nas vendas no final de 2022.
Dentre as atividades pesquisadas, cinco delas tiveram um avanço em janeiro, com destaque para os setores de tecidos, vestuário e calçados (8,5%) e de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,1%). Santos ainda mencionou que a evolução expressiva do mês foi um efeito estatístico da Black Friday, que antecipou para novembro as vendas que seriam realizadas em dezembro.
Enquanto alguns setores apresentaram crescimento, como é o caso de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu 0,9%, outros ficaram no campo negativo. Três atividades registraram queda em janeiro: livros, jornais, revistas e papelaria (3,6%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,1%); e combustíveis e lubrificantes (0,2%).
No cenário regional, o IBGE identificou que as vendas do varejo tiveram um aumento em 24 das 27 unidades da federação. Apenas Santa Catarina (1%), Minas Gerais (0,1%) e Maranhão (0,1%) tiveram queda nas vendas no último mês.