O aumento nas vendas em relação a julho foi de 24,6%, e em comparação com agosto do ano passado, houve um crescimento de 150,5%. No entanto, a divulgação dos dados foi feita com quase um mês de atraso devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional, que impactou a venda de títulos do programa em várias ocasiões no último mês.
Dois fatores contribuíram significativamente para o volume recorde de vendas em agosto. O primeiro foi o vencimento de títulos de longo prazo corrigidos pela inflação, que foram trocados por novos papéis. O segundo foi a emissão forte de títulos corrigidos pela Taxa Selic, cujo total atingiu R$ 3,34 bilhões no mês.
Os investidores demonstraram preferência por títulos corrigidos pela inflação, que representaram 46,6% das vendas em agosto. Os títulos vinculados à Selic corresponderam a 41,7% do total, enquanto os prefixados totalizaram 7,8%. Além disso, o Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+ também registraram participações nas vendas, evidenciando a diversificação dos investimentos.
O aumento da Taxa Selic para 10,75% ao ano e as expectativas de novas altas tornaram os títulos vinculados aos juros básicos atrativos para os investidores. Da mesma forma, a busca por proteção contra a alta da inflação impulsionou a procura pelos títulos corrigidos pela inflação.
O total do estoque do Tesouro Direto atingiu R$ 141,54 bilhões no final de agosto, representando uma queda em relação ao mês anterior, mas um crescimento significativo em relação ao mesmo período do ano passado. O número de investidores ativos também apresentou um aumento de 12,3% em 12 meses.
Em resumo, o Tesouro Direto continua atraindo investidores devido à sua praticidade e diversidade de opções de investimento. A popularidade do programa entre pequenos investidores é evidenciada pelo volume expressivo de vendas de até R$ 5 mil e pelo aumento no número total de investidores nos últimos meses. Com a disponibilidade de informações detalhadas no Tesouro Transparente, os investidores têm acesso a dados relevantes para tomada de decisão.