O gerente da PMC, Cristiano Santos, destacou que a variação negativa em agosto demonstra uma estabilidade no setor, considerando o crescimento observado em julho. Apesar disso, o comportamento do comércio em 2024 ainda é positivo, com apenas um mês apresentando um resultado negativo até o momento. Santos ressaltou que quatro das oito atividades pesquisadas registraram quedas significativas, enquanto apenas uma teve alta.
No comércio varejista ampliado, que inclui diferentes segmentos como veículos, motos, materiais de construção e produtos alimentícios, bebidas e fumo em atacado, houve uma redução de 0,8% no volume de vendas de julho para agosto. Em contrapartida, no mesmo período do ano passado foi registrado um aumento de 3,1%.
Em relação aos setores específicos, a maioria teve queda nas vendas em agosto. Destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico, livros, revistas e papelaria, equipamentos e material de escritório, informática e comunicação, e móveis e eletrodomésticos como os segmentos com maiores quedas. Por outro lado, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria foram os únicos a apresentarem expansão, com um aumento de 1,3%.
A nível estadual, 17 dos 26 estados registraram desempenho negativo no volume de vendas, com Minas Gerais, Tocantins e Rondônia apresentando os piores resultados. Por outro lado, estados como Roraima, Ceará e Bahia se destacaram com resultados positivos. No comércio varejista ampliado, 16 estados tiveram menor volume de vendas, com Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Acre entre os mais afetados. Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Roraima foram os estados com resultados positivos.
Em resumo, o cenário do comércio varejista no Brasil mostrou um mês de agosto com desempenho misto, com oscilações nas vendas em diferentes setores e estados, apontando para uma certa instabilidade no mercado varejista brasileiro.