No acumulado dos últimos 12 meses, o comércio cresceu 1,7%, embora esse seja o menor crescimento registrado desde dezembro de 2024, quando alcançou 4,1%. Com esses dados, o comércio encontra-se 0,5% abaixo do seu pico histórico, alcançado em março de 2025, mas permanece 9,6% acima do patamar pré-pandêmico de fevereiro de 2020.
Analisando as atividades econômicas, sete dos oito setores analisados mostraram avanço em suas vendas de setembro para outubro. Os destaques foram os segmentos de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que subiram 3,2%, seguidos por combustíveis e lubrificantes com 1,4%, e móveis e eletrodomésticos com um crescimento de 1,0%. Por outro lado, o setor de tecidos, vestuário e calçados teve uma leve queda de 0,3%.
De acordo com o gerente da pesquisa, o aumento nas vendas de produtos eletrônicos como computadores e celulares foi um motor significativo para esse crescimento, potencializado pela depreciação do dólar, que favoreceu a redução de preços dos produtos importados. Além disso, fatores como uma inflação mais amena, que inclui a deflação nos preços de alimentos e eletrodomésticos, e um mercado de trabalho em recuperação também colaboraram para estimular o consumo.
Outro fator relevante foi a expansão do crédito para pessoas físicas, que cresceu 2,1% em outubro. O impacto da alta taxa de juros, permanecendo em 15% ao ano, não se fez sentir da mesma forma sobre esse tipo de crédito, permitindo que muitas pessoas se sentissem mais inclinadas a consumir.
Em um cenário mais amplo, o comércio varejista ampliado, que contempla atividades do atacado e setores como veículos e materiais de construção, também apresentou um avanço de 1,1% de setembro para outubro, mantendo estabilidade no acumulado de 12 meses. A performance robusta deste segmento é atribuída em parte ao aumento nas vendas de veículos e produtos alimentícios, refletindo um mês de crescimento e expectativas moderadas para o futuro.
