No acumulado de 2025, o setor atingiu 3.229.726 emplacamentos, resultando em um aumento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. Essa performance permitiu que a Federação mantivesse sua previsão de crescimento anual em 6,2%. Entretanto, ao comparar agosto com julho, houve uma queda de 5,9% nos emplacamentos, consequência do fato de que agosto teve dois dias úteis a menos. Ainda assim, a média diária de vendas aumentou, passando de 19.914 unidades em julho para 20.527 em agosto.
O cenário das vendas apresenta uma expectativa de crescimento robusto para o setor de motocicletas, projetando um aumento de 10% nas vendas em 2025. Por outro lado, prevê-se uma redução de 7% nos emplacamentos de caminhões, reflexo da desaceleração do agronegócio. A previsão para carros leves e utilitários segue otimista, com uma expectativa de expansão de 5%, enquanto que para ônibus, a projeção é de uma alta de 6%.
Entretanto, a Federação alerta que o volume de vendas pode não aumentar substancialmente, especialmente no segmento de caminhões, devido à persistência de taxas de juros elevadas que afetam o crédito e, consequentemente, a renovação da frota de veículos. No entanto, um segmento que se destaca em crescimento é o de veículos elétricos híbridos, que já registrou vendas de cerca de 120 mil unidades ao ano, com um impressionante aumento de 85% em comparação a agosto de 2024.
Para os veículos elétricos, a expectativa é de que as vendas alcancem 45 mil unidades em 2025, representando um crescimento significativo de 10,11% em relação ao ano anterior. A queda nas vendas de caminhões reflete também o desempenho do agronegócio, embora haja um aumento no mercado de tratores e colheitadeiras, especialmente na região Centro-Oeste, que viu um crescimento de 71,4%. Em um contraste marcante, a região Sul registrou um crescimento de apenas 5%, enquanto outras áreas do país apresentaram retração.
Esses dados, coletados e analisados pela federação do setor, indicam que, apesar de desafios como a alta dos juros, certas categorias de veículos continuam a prosperar, sinalizando um mercado em transformação e uma adaptação às novas demandas. O crescimento observado na região Centro-Oeste destaca a relevância de políticas públicas, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, que tem contribuído para impulsionar a compra de equipamentos agrícolas. O presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, enfatizou essa disparidade regional, sinalizando que o crescimento do mercado deve ser acompanhado de perto para entender as nuances que existem em diferentes partes do Brasil.