Um destaque importante é o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que representou uma parcela significativa dos lançamentos e das vendas. Cerca de 500 mil unidades do MCMV foram contratadas até novembro, evidenciando a relevância desse programa no mercado imobiliário brasileiro.
Na cidade de São Paulo, em particular, os números são ainda mais expressivos. Comparando com o mesmo período do ano passado, os lançamentos aumentaram 44,4%, as vendas cresceram 36%, e o VGV subiu 21%. As unidades do MCMV também registraram um crescimento significativo, com elevações de 94,2% nos lançamentos e 64,2% nas vendas.
Além disso, o setor da construção tem contribuído para o aumento do emprego no país. No acumulado de janeiro a outubro, as construtoras criaram cerca de 230 mil empregos com carteira assinada, sendo 45 mil somente no estado de São Paulo. No entanto, o balanço também aponta para algumas dificuldades, como a contratação de mão de obra qualificada e os custos dos funcionários.
Para enfrentar esses desafios, as empresas têm buscado soluções como investir em capacitação interna, oferecer mais benefícios, realocar colaboradores, mudar processos para reduzir a dependência de mão de obra e aumentar salários. Além disso, o aumento dos custos tem sido um ponto de atenção, com o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) registrando uma alta de 5,80% até novembro.
Diante desse cenário, as previsões do SindusCon-SP apontam para um crescimento de 3% do PIB da construção em 2025. No entanto, a entidade ressalta que a elevação da taxa de juros pode impactar negativamente o setor, levando a uma desaceleração maior do que a prevista. O vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, destaca que os juros altos podem postergar investimentos e competir com a rentabilidade de novos empreendimentos.










