ECONOMIA – Vendas de alumínio crescem 2,9% no primeiro semestre de 2025, mas exportações registram queda de 11% em meio a desafios globais.

No primeiro semestre de 2025, o setor de alumínio no Brasil registrou vendas de 1.040,9 mil toneladas, apresentando uma elevação de 2,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa performance é ainda mais destacável ao se considerar o cenário global desafiador, com diversas incertezas econômicas, como o aumento das tarifas sobre produtos e uma desaceleração na economia.

As vendas internas de alumínio se destacaram com um total de 947,9 mil toneladas, refletindo um crescimento de 4,6%. Por outro lado, as exportações sofreram uma queda significativa, totalizando 93 mil toneladas e marcando uma redução de 11% em relação ao primeiro semestre de 2024. Apesar desse recuo nas exportações, a presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), Janaina Donas, reforçou a resiliência do setor, ressaltando a importância de estar atento às mudanças no cenário internacional e nas políticas comerciais que podem afetar a competitividade da indústria nacional.

A recuperação das exportações é um tema crítico, especialmente após a decisão dos Estados Unidos de aliviar parte das sanções sobre produtos que contêm alumínio, aço ou cobre provenientes do Brasil. Essas mudanças beneficiarão cerca de 6% das exportações que enfrentavam sobretaxas, unificando as tarifas em nível global e potencialmente melhorando a situação para os exportadores brasileiros.

No que diz respeito aos segmentos que impulsionaram o crescimento das vendas, o setor de eletricidade se destacou com um aumento impressionante de 18%, resultante da alta demanda por cabos elétricos. Outros segmentos que também mostraram bons resultados foram o de embalagens, que cresceu 7%, e o de transportes, que teve um acréscimo de 2,4%, especialmente devido às vendas de implementos para caminhões.

Esses dados indicam não apenas a saúde do setor de alumínio, mas também as dinâmicas econômicas que influenciam sua evolução. O desafio permanece, uma vez que o arrefecimento na demanda aponta para a necessidade de acompanhar atentamente as condições do mercado e as políticas que moldam o futuro do alumínio no Brasil.

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