Inaugurada em 2001, a P-40 é uma plataforma flutuante que desempenha papéis essenciais na produção, armazenamento e transferência de petróleo. Neste momento, a plataforma está sob a supervisão de uma equipe de contingência da Petrobras, pois os trabalhadores regulares estão em greve. Essa situação levanta preocupações quanto à capacidade técnica da equipe temporária, conforme apontado por críticos.
Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, não hesitou em criticar a abordagem da Petrobras, afirmando que a utilização de equipes de contingência demonstra uma irresponsabilidade da companhia. Ele destacou que a decisão de operar com uma equipe não regular ocorre sem garantias de que estes trabalhadores são devidamente capacitados, sugerindo que a empresa estaria desrespeitando normas de segurança.
Em resposta ao incidente, a Petrobras divulgou uma nota afirmando que a situação não está relacionada ao movimento grevista e que a produção nas demais plataformas da Bacia de Campos continua normalmente. A estatal reconheceu a interrupção na P-40, informando que o sistema de proteção da plataforma identificou rapidamente o vazamento e que tomaram as medidas necessárias para a sua contenção, incluindo a despressurização das linhas de gás.
Além disso, a empresa afirmou que notificará os órgãos reguladores pertinentes e estabelecerá uma comissão especial para investigar as causas do vazamento. A situação evidencia a complexidade e os desafios operacionais na indústria petrolífera, principalmente em um contexto de paralisações e greves, onde a segurança deve ser sempre priorizada.
