ECONOMIA – Vazamento de gás paralisa plataforma P-40 na Bacia de Campos, sem vítimas, enquanto Petrobras enfrenta críticas sobre segurança durante greve de trabalhadores.

Na manhã desta quarta-feira (18), um vazamento de gás ocorreu na plataforma P-40, situada no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. Este incidente resultou na paralisação total das operações da unidade, embora não haja relatos de vítimas. O fato foi inicialmente comunicado pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que desde então tem acompanhado o desenrolar da situação e exige esclarecimentos da Petrobras, a empresa responsável pela exploração.

Inaugurada em 2001, a P-40 é uma plataforma flutuante que desempenha papéis essenciais na produção, armazenamento e transferência de petróleo. Neste momento, a plataforma está sob a supervisão de uma equipe de contingência da Petrobras, pois os trabalhadores regulares estão em greve. Essa situação levanta preocupações quanto à capacidade técnica da equipe temporária, conforme apontado por críticos.

Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, não hesitou em criticar a abordagem da Petrobras, afirmando que a utilização de equipes de contingência demonstra uma irresponsabilidade da companhia. Ele destacou que a decisão de operar com uma equipe não regular ocorre sem garantias de que estes trabalhadores são devidamente capacitados, sugerindo que a empresa estaria desrespeitando normas de segurança.

Em resposta ao incidente, a Petrobras divulgou uma nota afirmando que a situação não está relacionada ao movimento grevista e que a produção nas demais plataformas da Bacia de Campos continua normalmente. A estatal reconheceu a interrupção na P-40, informando que o sistema de proteção da plataforma identificou rapidamente o vazamento e que tomaram as medidas necessárias para a sua contenção, incluindo a despressurização das linhas de gás.

Além disso, a empresa afirmou que notificará os órgãos reguladores pertinentes e estabelecerá uma comissão especial para investigar as causas do vazamento. A situação evidencia a complexidade e os desafios operacionais na indústria petrolífera, principalmente em um contexto de paralisações e greves, onde a segurança deve ser sempre priorizada.

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