Durante um café da manhã com jornalistas, realizado na última quinta-feira (16), o ministro divulgou informações obtidas junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo os dados apresentados, mais da metade das passagens aéreas foram vendidas por valores inferiores a R$ 500. A Anac é responsável por calcular o valor da tarifa aérea real média no Brasil, considerando todas as passagens efetivamente comercializadas pelas companhias aéreas que operam voos regulares domésticos no país.
Em entrevista à imprensa, a Anac explicou que a metodologia utilizada para o cálculo leva em conta todas as passagens adquiridas pelo consumidor padrão, excluindo apenas aquelas vendidas com descontos específicos. Essa abordagem visa captar as variações de preço que ocorrem ao longo do mês, permitindo uma avaliação mais precisa da tarifa média em uma determinada rota.
O ministro Sílvio Costa Filho também destacou que a queda no valor médio das passagens aéreas no Brasil coincide com a maior taxa de ocupação de aeronaves desde 2002, alcançando 84%. Ele ressaltou que o programa Voa Brasil, destinado a incentivar aposentados do INSS a viajar pelo país, teve um impacto inicialmente pequeno devido à falta de conhecimento sobre o programa, especialmente em regiões do interior do país.
O Voa Brasil não tem como objetivo principal reduzir os preços das passagens, mas sim incluir os idosos no mercado turístico. O programa já possibilitou o deslocamento de aproximadamente 200 aeronaves cheias de aposentados pelo país. O ministro alertou para a preocupação do setor de aviação civil em relação à falta de aeronaves disponíveis no mercado, problema que se agravou durante a pandemia e impactou os preços internacionais das passagens aéreas. A ampliação da oferta de aeronaves e a redução dos valores cobrados dependem diretamente dessa questão, conforme destacou Costa Filho.