ECONOMIA – Valor da cesta básica registra queda em 15 capitais em 2023, mas sofre aumento em 13 cidades em dezembro.



O preço da cesta básica diminuiu em 15 capitais ao longo do ano de 2023, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As reduções mais acentuadas ocorreram em Campo Grande, com queda de 6,25%, Belo Horizonte, com redução de 5,75%, e Vitória, com diminuição de 5,48%. Essas variações têm impacto direto no orçamento das famílias e refletem a flutuação de preços e a política econômica do país.

Segundo o Dieese, a tendência de redução nos preços da cesta básica é um alívio para as famílias brasileiras, que sofrem há anos com o aumento dos preços dos alimentos, acima da média da inflação. Essa queda nos valores, em conjunto com a revalorização do salário mínimo e as políticas de transferência de renda, contribui para uma melhoria na condição financeira das famílias.

No entanto, o Dieese também aponta que fatores como questões climáticas, conflitos externos e o câmbio desvalorizado podem representar desafios futuros para a economia e afetar os preços dos alimentos. Além disso, a entidade destaca o impacto da demanda externa sobre os preços internos das commodities como uma preocupação relevante para o ano de 2024.

Em uma comparação mensal, entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta básica subiu em 13 cidades, com Brasília, Porto Alegre, Campo Grande e Goiânia liderando as altas. Em dezembro, o maior custo da cesta foi em Porto Alegre, seguido por São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro. Por outro lado, Aracaju, Recife e João Pessoa tiveram os menores valores médios.

Com base nos dados do Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.439,62 em dezembro de 2023. Esse valor é 4,88 vezes o salário mínimo vigente, que era de R$ 1.320,00. A estimativa do Dieese considera a determinação constitucional de que o salário mínimo deve suprir as despesas básicas de uma família.

Em relação ao tempo necessário para adquirir os produtos da cesta básica, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou de 109 horas e três minutos em dezembro de 2023, em comparação com 107 horas e 29 minutos em novembro. Esses dados apontam para a necessidade de dedicar uma parte significativa do salário para a compra de alimentos.

Os desafios econômicos e as variações nos preços dos alimentos têm impacto direto na vida dos trabalhadores e demonstram a importância de políticas sociais e econômicas que possam garantir o acesso a alimentos básicos e a manutenção de um padrão de vida digno para a população brasileira.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo