Segundo a Febraban, em 2024 foram utilizados 137,6 milhões de cheques, totalizando um volume financeiro de R$ 523,19 bilhões. Desde 1995, foram compensados 3,3 bilhões de cheques, conforme dados do Serviço de Compensação de Cheques (Compe).
O diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, explicou que, apesar da crescente digitalização no setor bancário, o uso do cheque ainda é relevante no Brasil. Existem diversos motivos que explicam a persistência desse meio de pagamento, como a resistência de alguns consumidores aos meios digitais, a preferência de alguns estabelecimentos comerciais pelo cheque, a utilização do documento como garantia de pagamento e a opção em regiões com problemas de conexão de internet.
A Febraban ressalta que, apesar da diminuição do uso de cheques, não há previsão legal ou regulatória para o fim desse meio de pagamento. No entanto, a tendência é que o cheque se torne cada vez menos utilizado, devido à expansão dos canais digitais e ao avanço do Pix.
Apesar dos benefícios do cheque para transações de valores mais altos, a Febraban destaca que as transações do dia a dia estão migrando para o Pix, devido à maior segurança e eficiência desse sistema. A instituição dos bancos afirma que os mecanismos de transações digitais estão menos vulneráveis a fraudes do que os cheques, e não vislumbra um retorno expressivo no uso de cheques no futuro.