ECONOMIA – Trump Impõe Tarifa de 50% sobre Produtos Brasileiros; Setor Minerador Sofre Impacto com 25% das Exportações Afetadas.

Em uma recente declaração, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) revelou que uma significativa parcela das exportações minerais do Brasil para os Estados Unidos foi excluída das novas tarifas impostas pelo governo norte-americano. De acordo com a análise preliminar, 75% dos minérios que vão para o mercado americano não serão afetados pela nova taxa de 50% que entrará em vigor em 6 de agosto. Contudo, a redução da carga tributária não livrará completamente o setor de mineração dos impactos adversos da medida.

A ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inclui uma lista de cerca de 700 produtos que estão isentos da nova tarifa. Entre os itens que permanecem sem taxação estão sucos e polpas de laranja, combustíveis, alguns tipos de minérios, fertilizantes e aeronaves civis. Os minerais abrangidos pela isenção incluem, entre outros, caulim, cobre, manganês, vanádio e bauxita. Apesar das isenções, o Ibram alerta que ainda restarão 25% das exportações minerais que sofrerão os efeitos da nova tributação, o que pode causar consideráveis dificuldades ao setor.

O governo dos Estados Unidos justificou a criação desta tarifa com a alegação de que o Brasil representaria uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional americana. Neste contexto, questões políticas internas do Brasil foram trazidas à tona, especialmente em relação ao tratamento dispensado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo o documento, estaria sendo perseguido e censurado. O texto criticou a intervenção do governo brasileiro nas plataformas digitais e a postura do ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de abusar de sua autoridade para silenciar opositores políticos e proteger aliados.

Além disso, a ordem executiva menciona que a perseguição política comprometeria não apenas o estado de direito no Brasil, mas também a capacidade do país de realizar eleições justas e democráticas em 2026. Com a imposição destas taxas, o Ibram se compromete a continuar monitorando os desdobramentos da situação e buscar a exclusão dos demais minerais da nova cobrança, uma vez que as consequências das tarifas podem impactar significativamente a economia mineradora brasileira em um mercado já tão desafiador.

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