Atualmente, a Transpetro gerencia uma vasta rede de 8,5 mil quilômetros de dutos espalhados pelo Brasil, uma extensão comparável a uma viagem de ida e volta entre Porto Alegre e Natal. Esses dutos desempenham um papel crucial no transporte de petróleo e seus derivados, como gasolina e diesel, sendo os oleodutos as principais vias de abastecimento das refinarias.
Dados da empresa revelaram que no primeiro semestre deste ano foram registradas 17 ocorrências de “derivação clandestina”, termo utilizado para referir-se aos furto de combustíveis. Em comparação, o total anual de 2024 havia sido de 25 ocorrências. Essa prática criminosa envolve ações que permitem a extração ilegal de combustíveis das tubulações subterrâneas. Um exemplo recente foi uma operação no Rio de Janeiro, onde um contraventor conhecido foi apontado como líder de uma dessas quadrilhas.
É importante ressaltar que, apesar da baixa atual no número de furtos, os índices ainda são preocupantes, uma vez que um único incidente pode resultar em sérios danos ao meio ambiente e à segurança das comunidades vizinhas. Em 2018, a empresa registrou 261 ocorrências desse tipo, com a situação melhorando gradualmente nos anos subsequentes, mas ainda sem deixar de ser uma preocupação constante.
Para combater esses furtos, a Transpetro mantém um Centro de Controle de Proteção de Dutos que opera 24 horas por dia, utilizando tecnologias avançadas para detectar rapidamente vazamentos e equipes especializadas em inspeções. Além disso, a companhia estabeleceu parcerias com Ministérios Públicos e órgãos de segurança para fortalecer a vigilância nas áreas de risco e impulsionar a conscientização da comunidade local sobre a importância de denunciar atividades suspeitas.
Em termos de impacto ambiental, a Transpetro destaca que o transporte de combustíveis por dutos é significativamente mais limpo, evitando 99,5% das emissões de gases de efeito estufa em comparação ao transporte rodoviário. Para incentivar denúncias, a empresa disponibiliza o Disque 168, um serviço anônimo e gratuito que estará ativo 24 horas.
A Transpetro também defende melhorias na legislação relacionada aos crimes de adulteração clandestina, com diversos Projetos de Lei atualmente em tramitação no Congresso. O objetivo é endurecer as penas e tornar a prática um crime mais severamente punido. Dessa forma, a Transpetro se compromete a acompanhar e contribuir para o debate legislativo sobre o tema.
