Segundo informações da Federação Única dos Petroleiros (FUP), o movimento começou nas unidades operacionais durante a madrugada, com cortes na rendição dos grupos de turnos e adesão dos trabalhadores do regime administrativo pela manhã. Os trabalhadores relatam uma redução de 31% na PLR, enquanto os acionistas recebem 207% do lucro líquido.
Além das demandas relacionadas ao teletrabalho, a categoria cobra avanços em outras pautas aprovadas em assembleias, como recomposição dos efetivos, melhores condições de trabalho e segurança para os contratados, fim dos planos de equacionamento da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) e um único plano de cargos e salários para todo o Sistema Petrobras.
Cibele Vieira, diretora da FUP, explicou que a greve tem o objetivo de abrir o diálogo e desbloquear as negociações. Segundo ela, o sindicato busca iniciar o Plano de Cargos e realizar negociações do Acordo Coletivo, e a greve de advertência é uma forma de chamar a atenção para a necessidade de avanços nas mesas de negociação.
Em resposta, a Petrobras informou que as paralisações dos empregados não impactaram a produção de petróleo e derivados. A empresa ressaltou que respeita o direito de manifestação dos trabalhadores e tem mantido diálogo aberto com as entidades sindicais sobre os ajustes no modelo híbrido de trabalho.
A mudança para o modelo híbrido de três dias de trabalho presencial por semana está prevista para começar em 7 de abril de 2025. A Petrobras afirmou ter apresentado uma proposta às entidades sindicais para ajustar o teletrabalho por um período de dois anos, com o intuito de atender aos desafios estratégicos da companhia. A empresa ainda destacou que cumpre os acordos coletivos e a legislação trabalhista brasileira.