Embora os Correios tenham acesso a um valor robusto, a utilização efetiva desses recursos está limitada a R$ 5,8 bilhões em 2025. Essa restrição está alinhada com o déficit primário projetado para a estatal, que foi ajustado em recentes avaliações fiscais.
A operação financeira aprovada possui um prazo de pagamento de 15 anos, incluindo um período de carência de três anos, com juros fixados em 115% do CDI. Esse patamar apresenta-se abaixo do habitual teto de 120% do CDI, um critério aplicado pelo Tesouro em garantias da União, evidenciando uma tentativa de minimizar os custos financeiros para a empresa.
A análise da proposta envolveu a equipe do Tesouro e cinco instituições financeiras, sendo três do setor privado e duas públicas, embora os nomes não tenham sido divulgados oficialmente. O órgão governamental apontou que a aprovação do empréstimo atende aos requisitos de capacidade de pagamento, fundamentais para estatais que têm um plano financeiro validado.
Com a autorização, as negociações contratuais passarão a ser discutidas entre os Correios e os bancos sob a supervisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Em um encontro com jornalistas, o ministro da Fazenda expressou a intenção de que a decisão sobre o empréstimo fosse concluída rapidamente, revelando a vontade da equipe econômica de alcançar uma solução eficiente.
Além disso, para facilitar essa operação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou os limites de contratação de crédito para entidades do setor público em 2025, definindo um sublimite de R$ 12 bilhões para os Correios. Essa decisão resultou na ampliação do limite global de empréstimos públicos, que passou de R$ 27,4 bilhões para R$ 39,4 bilhões, considerando as necessidades orçamentárias da estatal.
Embora o montante autorizado para os Correios possa chegar a R$ 12 bilhões, sua utilização está atrelada a despesas previamente previstas no déficit primário projetado para 2025, mantendo assim a conformidade com as normas fiscais vigentes. O déficit primário dos Correios foi revisado para R$ 5,8 bilhões, refletindo as complexidades financeiras que a estatal precisa gerenciar frente ao contexto econômico.
