Paralelamente às flutuações da moeda, a B3 também enfrentou um dia turbulento. O índice Ibovespa registrou uma queda significativa de 2,1%, fechando aos 134.432 pontos, o menor patamar desde o início de agosto. As ações de bancos foram os principais responsáveis por essa queda, impulsionadas pela incerteza quanto a possíveis sanções que poderiam ser impostas às instituições financeiras brasileiras que não cumprirem as restrições relacionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Essas movimentações estão inseridas em um contexto mais amplo, onde a Lei Magnitsky é utilizada pelos Estados Unidos como uma ferramenta de sanção. O ministro Moraes se tornou o alvo de restrições americanas que visam limitar seu acesso a serviços financeiros, um ato que muitos interpretam como parte de uma estratégia para influenciar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro em um processo de alegações de tentativa de golpe de Estado.
Em meio a essas discussões, o ministro Flávio Dino, do STF, abordou a questão das leis estrangeiras e sua aplicabilidade no Brasil, esclarecendo que elas não têm validade automática no território nacional, a menos que reconhecidas pelo sistema judiciário brasileiro. Essa posição pode oferecer uma camada de proteção aos cidadãos brasileiros frente às sanções impostas por legislações estrangeiras, como a Lei Magnitsky.
As sanções americanas incluem o bloqueio de contas bancárias e bens em solo norte-americano, bem como a proibição de entrada no país. Tais medidas já foram aplicadas a Moraes e outras figuras do STF, gerando preocupação quanto ao impacto indireto dessas restrições sobre cidadãos e empresas que operam sob regulamentações americanas. A situação continua a evoluir, refletindo as complexas interações entre política e economia no Brasil e sua relação com o exterior.