No caso do alumínio, a dependência dos EUA é menor, representando 15% das exportações de alumínio brasileiro em 2023. O Canadá é o principal comprador do alumínio brasileiro, absorvendo 28% das exportações desse produto naquele ano. Diante dessa situação, especialistas avaliam que a taxação imposta pelos Estados Unidos pode acarretar em problemas para o setor, impactando a economia e o emprego nessas áreas.
O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Carlos Delorme Prado, ressaltou que o impacto da taxação será sentido nos setores atingidos, no entanto, não deve causar grandes problemas para a economia como um todo. Ele enfatiza a importância do Brasil redirecionar as exportações e aumentar o consumo doméstico de aço como alternativas para minimizar os impactos.
Além disso, o governo brasileiro aguarda a oficialização da taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos para se manifestar sobre o tema. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que o Brasil pode usar a lei da reciprocidade, aumentando as taxas de produtos estadunidenses consumidos pelo país.
Analistas acreditam que a medida de Trump pode ser uma estratégia de protecionismo para favorecer o mercado interno de aço nos Estados Unidos, porém, ressaltam que haverá consequências negativas para a economia americana. A possibilidade de retaliação por parte do Brasil, assim como de outros países afetados pela taxação, também é considerada como uma consequência desse tipo de política comercial adotada pelos EUA.