ECONOMIA – Taxa de inovação nas indústrias brasileiras cai em 2022, aponta pesquisa do IBGE; setores de destaque e investimentos em P&D.

No ano de 2022, a inovação foi uma realidade para a maioria das empresas brasileiras pertencentes às indústrias extrativas e de transformação. De acordo com a Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec Semestral) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 68,1% das empresas com 100 ou mais empregados introduziram algum produto novo, aprimorado ou incorporaram novos processos de negócios. Esse número representou um decréscimo de 2,4 pontos percentuais em comparação com o ano anterior, mas ainda demonstra um cenário de inovação no setor industrial.

Durante o período avaliado, cerca de 33% das empresas inovaram tanto em produtos quanto em processos de negócios, apesar de ser um percentual menor do que no ano anterior. No entanto, houve um aumento no percentual de empresas que inovaram apenas em processos de negócios (20,9%) e apenas em produtos (14,2%) em relação a 2021. Os setores mais inovadores em 2022 foram os de fabricação de máquinas e equipamentos, fabricação de produtos químicos, e fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

Entretanto, houve setores onde menos da metade das empresas foram inovadoras, como metalurgia, fabricação de coque e derivados do petróleo, e manutenção e reparação de máquinas e equipamentos. A pesquisa também mostrou que empresas de menor porte tiveram uma taxa de inovação menor do que as empresas maiores, indicando uma relação direta entre o tamanho da empresa e a inovação.

Em relação às atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), 34,4% das empresas industriais investiram R$ 36,9 bilhões em 2022. Setores como fabricação de produtos farmoquímicos, produtos químicos e equipamentos de informática foram os que mais investiram em P&D. No entanto, setores como metalurgia, confecção de vestuário e manutenção de máquinas tiveram menor proporção de investimentos nessa área.

Além disso, a pesquisa revelou que 39% das empresas industriais inovadoras utilizaram algum tipo de apoio público para suas atividades inovativas, sendo o incentivo fiscal à pesquisa e desenvolvimento um dos principais instrumentos utilizados. Empresas de maior porte foram as que mais se beneficiaram desse apoio público, indicando a importância desse suporte para estimular a inovação no setor industrial.

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