ECONOMIA – Taxa de desocupação no 1º trimestre de 2024 alcança 7,9%, mas é a menor para o período desde 2014, aponta IBGE

A taxa de desocupação no Brasil no primeiro trimestre de 2024 foi divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ficou em 7,9%. Esse resultado representa um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que havia registrado 7,4% de desemprego. No entanto, apesar da elevação, o índice do primeiro trimestre é o menor para o período desde 2014, quando atingiu 7,2%.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o país tinha 8,6 milhões de pessoas desocupadas nos primeiros três meses do ano, o que representa um acréscimo de 542 mil pessoas em comparação com o último trimestre de 2023. No entanto, em relação ao mesmo período de 2023, houve uma redução de 808 mil pessoas desempregadas.

O número de ocupados no primeiro trimestre de 2024 foi de 100,2 milhões de pessoas, uma queda de 782 mil em relação ao trimestre anterior e um aumento de 2,4 milhões em comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento do IBGE abrange todas as formas de ocupação, incluindo empregos com ou sem carteira assinada, temporários e por conta própria.

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, destacou que o aumento da taxa de desemprego no início do ano é um comportamento sazonal causado principalmente pela dispensa de trabalhadores temporários, especialmente no setor público, como na área de educação. No entanto, ela ressaltou que a tendência de redução do desemprego no país nos últimos dois anos permanece, mesmo com as variações sazonais.

A pesquisa também apontou que, apesar da redução na ocupação, o nível de emprego com carteira assinada se manteve estável, com cerca de 38 milhões de pessoas empregadas nessa condição. O rendimento médio do trabalhador no primeiro trimestre de 2024 alcançou R$ 3.123, representando um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior e de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. A massa de rendimentos atingiu R$ 308,3 bilhões, um recorde na série histórica, mas apresentou estabilidade em comparação com o trimestre anterior.

Adriana Beringuy enfatizou que, apesar do crescimento do rendimento do trabalhador, a queda no número de ocupados refletiu em um equilíbrio na movimentação da economia, mostrando que esses dois aspectos estão interligados. A pesquisadora ressaltou que a maior parte das pessoas que ficaram desempregadas foi de trabalhadores informais.

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