Além disso, a população negra (pretos e pardos) apresentou uma taxa de desemprego maior do que a média nacional, com 8,9% e 8,5%, respectivamente. Em contraste, a taxa de desemprego entre a população branca foi de 5,9%. Essas disparidades refletem uma realidade persistente de desigualdade no mercado de trabalho brasileiro.
A pesquisa também evidenciou diferenças na relação entre escolaridade e empregabilidade. Pessoas com ensino médio incompleto tiveram a pior taxa de desemprego, atingindo 13%, enquanto aqueles com nível superior incompleto tiveram taxa de 7,6%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, que foi de 3,6%.
No que diz respeito à distribuição geográfica do desemprego, a pesquisa revela que 26 das 27 unidades da federação tiveram redução no índice de desemprego ao longo de 2023. A única exceção foi Roraima, que registrou um aumento na taxa de desemprego. As maiores taxas de desocupação anual foram observadas em Pernambuco, Bahia e Amapá, enquanto as menores foram registradas em Rondônia, Mato Grosso e Santa Catarina.
Em relação à informalidade, a taxa anual passou de 39,4% em 2022 para 39,2% em 2023, com variações significativas entre os estados. Por fim, o percentual de empregados com carteira assinada era de 73,7% dos empregados do setor privado no último trimestre de 2023.
A pesquisa, realizada pelo IBGE, envolve a coleta de dados em 211 domicílios de 3.464 municípios em todos os estados e no Distrito Federal, com a participação de aproximadamente dois mil entrevistadores. As informações coletadas fornecem uma visão abrangente da situação do mercado de trabalho no país.