Este resultado negativo é o pior desde 2021, quando a balança comercial sofreu um déficit de US$ 1,11 bilhão. No último mês, as exportações totalizaram US$ 28,515 bilhões, um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Contudo, o crescimento das importações foi ainda mais acentuado, alcançando US$ 22,673 bilhões e refletindo uma alta de 7,4%. Apesar da queda no superávit, o valor das exportações foi o maior já registrado para meses de novembro desde o início da série histórica em 1989, assim como as importações, que também atingiram um patamar recorde.
No recorte acumulado de janeiro a novembro, a balança comercial apresenta um superávit de US$ 57,839 bilhões, valor 16,8% inferior ao mesmo período do ano anterior e o menor desde 2022. As importações, no total de US$ 259,983 bilhões, também mostraram uma alta em relação ao ano passado, enquanto as exportações somaram US$ 317,821 bilhões, com um crescimento mais modesto de 1,8%.
Analisando os setores, o agronegócio se destacou com um impressionante aumento de 25,8% nas exportações, impulsionado por produtos como soja e milho. No entanto, a indústria extrativa enfrentou uma queda considerável de 14%, fortemente afetada pela diminuição nas vendas de minérios de cobre e petróleo bruto, este último apresentando uma queda significativa de US$ 963 milhões em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Essa dinâmica de importações e exportações está diretamente ligada à recuperação econômica e ao aumento do consumo interno. O Mdic projeta um superávit para o fechamento do ano em US$ 60,9 bilhões, prevendo que as exportações alcancem US$ 344,9 bilhões, enquanto as importações devem somar US$ 284 bilhões. Apesar da expectativa do governo, as estimativas de instituições financeiras são mais otimistas, prevendo um superávit de US$ 62,85 bilhões.









