No último mês, as exportações totalizaram US$ 31,975 bilhões, um aumento de 9,1% em relação a outubro de 2022. Do lado das importações, o valor alcançou US$ 25,010 bilhões, apresentando uma pequena queda de 0,8% no mesmo período. Essa combinação de aumento nas exportações e ligeira redução nas importações levou a um resultado histórico, com as exportações alcançando o maior valor para o mês de outubro desde 1989.
Analisando o acumulado do ano, entre janeiro e outubro, a balança comercial registrou um superávit de US$ 52,394 bilhões, embora este valor represente uma queda de 16,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da redução, o superávit acumulado é o quarto maior desde o início da série histórica. As exportações somaram US$ 289,731 bilhões, com um aumento de 1,9%, enquanto as importações chegaram a US$ 237,336 bilhões, refletindo um crescimento de 7,1%.
Setorialmente, o desempenho das exportações em outubro foi notável, com a agropecuária crescendo 24%, a indústria extrativa aumentando 22% e a indústria de transformação apresentando um leve crescimento de 0,7%. Dentro dos produtos, a soja foi um dos destaques, com um aumento nas exportações que chegaram a 42,7%. O minério de ferro e seus concentrados e a carne bovina também tiveram um desempenho positivo, contribuindo significativamente para o superávit comercial.
Diante deste cenário, o Mdic revisou suas projeções para o superávit comercial de 2023, esperando que alcance US$ 60,9 bilhões, com exportações estimadas em US$ 344,9 bilhões e importações em US$ 284 bilhões. No entanto, análises de instituições financeiras sugerem um cenário ainda mais otimista, prevendo um superávit de US$ 61,99 bilhões para o ano, refletindo expectativas mais cautelosas em relação aos impactos do cenário internacional.









