Nesse novo cenário, a projeção do Sinduscon-SP é uma média que reflete o desempenho esperado das grandes construtoras, estimado em 2,5%, e das atividades informais relacionadas à construção, que devem registrar um crescimento mais modesto na faixa de 1,5%. Este panorama pode ser um indicador preocupante em um setor que ainda busca se ajustar aos desafios econômicos enfrentados no Brasil.
O vice-presidente de Economia da entidade, Eduardo Zaidan, enfatizou que os fatores internos do Brasil têm um impacto mais significativo nas previsões do que a situação econômica internacional. Zaidan destacou a persistência de altas taxas de juros, que têm restringido o poder de compra das famílias e dificultado os investimentos das empresas. Além disso, embora a inflação comece a mostrar sinais de recuo, ainda se mantém em níveis que são considerados elevados.
Outro fator que preocupa os especialistas é o que vem sendo chamado de “tarifaço” nos Estados Unidos, que poderá afetar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O Sinduscon-SP estimou que esse impacto poderia ser de até 1,8 pontos percentuais nos próximos dois anos. No entanto, com a adoção de medidas de defesa por parte do governo brasileiro, que incluem a busca por novos mercados e revisões em contratos, este impacto poderá ser mitigado para 0,3 pontos percentuais em 2025 e 0,5 pontos percentuais em 2026.
Em suma, a construção civil se encontra em um momento de incertezas, demandando estratégias adequadas para enfrentar as adversidades e tentar retomar um crescimento mais robusto nos próximos anos. As decisões económicas e políticas nos próximos meses serão cruciais para moldar esse futuro.