ECONOMIA – Sinduscon-SP Revisita Projeção de Crescimento da Construção e Abaixa Estimativa de 3% para 2,2% em 2025, Enfatizando Impactos da Conjuntura Interna.

O cenário da construção civil em São Paulo passa por revisões que apontam uma perspectiva mais conservadora para o crescimento do setor em 2025. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-SP) anunciou uma redução da expectativa de avanço de 3% para apenas 2,2%, indicando uma desaceleração no ritmo de recuperação do setor. Esta nova previsão é expressa em um recente levantamento elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).

Nesse novo cenário, a projeção do Sinduscon-SP é uma média que reflete o desempenho esperado das grandes construtoras, estimado em 2,5%, e das atividades informais relacionadas à construção, que devem registrar um crescimento mais modesto na faixa de 1,5%. Este panorama pode ser um indicador preocupante em um setor que ainda busca se ajustar aos desafios econômicos enfrentados no Brasil.

O vice-presidente de Economia da entidade, Eduardo Zaidan, enfatizou que os fatores internos do Brasil têm um impacto mais significativo nas previsões do que a situação econômica internacional. Zaidan destacou a persistência de altas taxas de juros, que têm restringido o poder de compra das famílias e dificultado os investimentos das empresas. Além disso, embora a inflação comece a mostrar sinais de recuo, ainda se mantém em níveis que são considerados elevados.

Outro fator que preocupa os especialistas é o que vem sendo chamado de “tarifaço” nos Estados Unidos, que poderá afetar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O Sinduscon-SP estimou que esse impacto poderia ser de até 1,8 pontos percentuais nos próximos dois anos. No entanto, com a adoção de medidas de defesa por parte do governo brasileiro, que incluem a busca por novos mercados e revisões em contratos, este impacto poderá ser mitigado para 0,3 pontos percentuais em 2025 e 0,5 pontos percentuais em 2026.

Em suma, a construção civil se encontra em um momento de incertezas, demandando estratégias adequadas para enfrentar as adversidades e tentar retomar um crescimento mais robusto nos próximos anos. As decisões económicas e políticas nos próximos meses serão cruciais para moldar esse futuro.

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