Segundo a CUT, essa nova alta era esperada com a chegada de Gabriel Galípolo, indicado pelo governo federal, à presidência do Banco Central. No entanto, a entidade se mostrou desapontada e afirmou que esperava uma reversão nesse processo. A CUT ainda criticou a pressão de rentistas, agiotas e parlamentares pela elevação da Selic, destacando o interesse próprio desses setores e a falta de consideração com a dívida bruta do Brasil, que deve aumentar em cerca de R$ 50 bilhões.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também se posicionou contra o aumento dos juros, classificando a decisão como injustificada e equivocada. Para a entidade, a persistência do Banco Central em utilizar apenas a elevação dos juros como ferramenta de política monetária não leva em conta os impactos desse movimento na inflação e na atividade econômica do país.
Por sua vez, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) alertou para os impactos negativos que a nova alta da Selic terá sobre o desenvolvimento sustentável de setores estratégicos e sobre os investimentos necessários para impulsionar a produtividade. A entidade ressaltou que a produção industrial já apresenta sinais de desaceleração e que o aumento dos juros só irá agravar essa situação.
A Força Sindical também repudiou a elevação dos juros, classificando-a como um “prêmio aos especuladores” e alertando para os efeitos negativos que essa decisão terá sobre a criação de empregos e a renda da classe trabalhadora. Para a entidade, o aumento dos juros desestimula o investimento e o consumo, além de asfixiar os trabalhadores e reduzir as chances de crescimento econômico no país.
Diante dessas críticas, fica evidente a insatisfação e preocupação dos sindicatos com as consequências da elevação da taxa básica de juros para a economia brasileira. O debate em torno da política monetária e de seus impactos na sociedade promete continuar sendo acalorado nos próximos dias.