ECONOMIA – Setor de Serviços Registra Crescimento de 0,1% em Agosto, Alcançando Máximo Histórico e Sustentando Série de Sete Meses Abertos de Alta

O setor de serviços brasileiro continua sua trajetória de recuperação, registrando um crescimento modesto de 0,1% entre julho e agosto. Esse resultado marca sete meses consecutivos de alta, totalizando uma expansão acumulada de 2,6%. O segmento, que abrange atividades como transporte, turismo, restaurantes, salões de beleza e tecnologia da informação, alcançou seu nível mais elevado desde o início da série histórica, superando o recorde anterior que havia sido estabelecido em julho.

Esse desempenho favorável no setor de serviços é o mais prolongado desde um período de crescimento entre fevereiro e setembro de 2022, durante o qual a expansão chegou a 5,6%. Nos últimos doze meses até agosto de 2023, os serviços, considerados o setor que mais emprega na economia, apresentaram um crescimento de 3,1%. Quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 2,5%. Além disso, os dados indicam que os serviços estão 18,7% acima dos níveis observados antes da pandemia de Covid-19 em fevereiro de 2020.

Segundo o gerente da pesquisa, a continuidade do crescimento demonstra a resiliência do setor, que permanece forte e repleto de inovações. Entre as cinco atividades analisadas, quatro mostraram aumento significativo no desempenho. Os serviços prestados às famílias lideraram com um crescimento de 1%, seguidos por serviços profissionais e administrativos (0,4%), transporte, armazenagem e correio (0,2%) e outros serviços (0,6%). No entanto, o setor de informação e comunicação apresentou um leve recuo de 0,5%.

O impacto positivo nas atividades profissionais e administrativas foi impulsionado por empresas que operam em programas de fidelidade e serviços jurídicos, assim como o aluguel de máquinas e equipamentos. No setor de transportes, a expansão se deve principalmente ao desempenho do transporte rodoviário de passageiros e das demandas logísticas provenientes da agricultura, que está em alta.

Além disso, as atividades de restaurante, buffet e hotel optaram pelo crescimento, beneficiando o segmento de serviços prestados às famílias. Já o setor de informação e comunicação teve um desempenho inferior, em grande parte devido a uma alta base de comparação, considerando que julho foi um mês de férias com grande consumo de entretenimento.

Por fim, as informações divulgadas também incluem o índice de atividades turísticas, que apresentou um crescimento de 0,8% em agosto, em relação ao mês anterior, e um aumento de 4,6% quando comparado a agosto do ano passado. O setor de turismo permanece 11,5% acima do patamar pré-pandemia, embora esteja 2% aquém do seu pico histórico alcançado em dezembro de 2024. Este índice reflete uma parte significativa das 166 atividades de serviços analisadas, abrangendo hotéis, agências de viagens e transporte aéreo de passageiros em diversas regiões do Brasil.

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