Os dados, obtidos por meio da Pesquisa Mensal de Serviços, revelam que em comparação com julho de 2024, o crescimento do setor foi de 2,8%, e, no acumulado de 12 meses, a expansão alcançou 2,9%. Analisando as subcategorias que formam este setor, o levantamento destacou que três das cinco principais atividades apresentaram crescimento na passagem de junho para julho. Entre elas, destacam-se as áreas de informação e comunicação, que registraram aumento de 1%, e serviços prestados às famílias, com crescimento de 0,3%. As categorias de transporte e outros serviços, no entanto, enfrentaram quedas de 0,6% e 0,2%, respectivamente.
No que diz respeito à geografia do crescimento, a pesquisa identificou que a expansão dos serviços ocorreu em 12 das 27 unidades federativas do país, com destaque especial para São Paulo e Paraná, ambas com crescimento de 1,7%, e Mato Grosso do Sul que alcançou impressionantes 5,7%. A ativação do setor, portanto, é um fator crucial para o mercado de trabalho nacional, já que representa a maior fonte de emprego no Brasil.
No contexto mais amplo da economia, vale ressaltar que a produção industrial brasileira registrou uma queda de 0,2% em julho, enquanto o comércio acompanhou a tendência negativa, recuando 0,3%. Em contrapartida, as expansões acumuladas em 12 meses mostram que a indústria cresceu 1,9% e o comércio, 2,5%.
Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, atribui a alta do setor de serviços a uma mudança de paradigma impulsionada pelo aumento da digitalização, acelerada pela pandemia de COVID-19. A adaptação das empresas às plataformas digitais facilitou o acesso aos serviços, especialmente na tecnologia da informação e na entrega de produtos. Esse comportamento se mostrou menos suscetível a fatores macroeconômicos adversos, como a recente alta nas taxas de juros implementada para controlar a inflação. Em suma, o setor de serviços se destaca como um componente resiliente da economia, evidenciando uma recuperação robusta e promissora.