O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, destacou que esta diminuição nos prejuízos é um indicativo de que os bares e restaurantes estão se adaptando de forma mais eficaz às novas condições econômicas. Segundo ele, o setor enfrentou desafios severos nos últimos anos e esta recuperação surge como um alívio tanto para os empresários quanto para a economia em geral.
Os dados sobre faturamento mensal também apresentam um panorama positivo. Em agosto, 39% das empresas relataram um crescimento nas receitas em comparação com julho, superando os 34% que apresentaram uma queda de desempenho. Para 27% dos entrevistados, as receitas permaneceram estáveis. Mesmo diante de uma inflação acumulada de 5,13% nos últimos 12 meses, 36% dos proprietários conseguiram reajustar seus preços em consonância com o índice inflacionário, o que representa uma melhora em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, a inadimplência entre os estabelecimentos de alimentação continua em queda. Hoje, 64% das empresas estão livres de débitos pendentes, um progresso significativo em relação a anos anteriores. Os atrasos que ainda persistem estão, em sua maioria, relacionados a impostos federais, estaduais e empréstimos bancários.
Solmucci observa que uma combinação de fatores, incluindo melhor controle financeiro e uma redução no índice de desemprego, tem contribuído para esta recuperação no setor. A diminuição do desemprego, segundo ele, é crucial, uma vez que amplia a renda disponível das famílias e favorece o consumo fora de casa. Com esse cenário otimista, as expectativas de crescimento contínuo para os próximos meses se tornam cada vez mais concretas.