Por outro lado, a previsão de crescimento do PIB permanece em 2,5% para 2024, impulsionada pelo bom desempenho das vendas no varejo e da demanda por serviços. A Secretaria atribui esse crescimento à criação de empregos, ao aumento da massa de rendimentos e à queda dos juros ao longo do primeiro semestre, o que facilita o acesso ao crédito.
No entanto, a previsão para o crescimento econômico no segundo trimestre de 2024 é de 0,6%, em relação ao trimestre anterior. Para 2025, a expectativa é de uma expansão de 2,6%, ligeiramente inferior à previsão anterior de 2,8%, devido à menor redução da Taxa Selic no próximo ano.
As enchentes no Rio Grande do Sul devem impactar o PIB em 0,25 ponto percentual em 2024, mas a Secretaria acredita que esses efeitos podem ser compensados por medidas de suporte às famílias, empresas e governos estadual e municipal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de analisar com cuidado os dados econômicos, considerando a tragédia climática no Rio Grande do Sul, mas ressaltou o bom desempenho da economia.
Além disso, o Boletim Macrofiscal também trouxe revisões para os setores produtivos, com redução na estimativa de crescimento para a agropecuária e aumento nas projeções para a indústria e os serviços. As previsões para outros índices de inflação, como o INPC e o IGP-DI, também foram revistas para cima.
Essas novas projeções serão fundamentais para o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado em breve e servirá de base para a execução do Orçamento, levando em consideração o desempenho do PIB e da inflação. Com base no cumprimento das metas fiscais, o governo poderá determinar bloqueios de gastos não obrigatórios, visando manter a estabilidade econômica do país.