Esse resultado positivo é uma tendência que se manteve nos últimos meses, com entrada líquida de recursos em maio e março de 2024. No entanto, janeiro, fevereiro e abril apresentaram resultados negativos, com mais saques do que depósitos. Em comparação com junho do ano anterior, o aumento dos depósitos em 2024 foi significativamente maior, evidenciando a retomada da confiança dos brasileiros na caderneta de poupança.
O cenário atual, com a manutenção da Selic em alta, tem influenciado os saques na poupança, já que outros investimentos apresentam um melhor desempenho diante das taxas de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vem realizando ajustes na Selic, intercalando períodos de alta e baixa, de acordo com a conjuntura econômica.
Em 2023, a caderneta de poupança registrou uma saída líquida de R$ 87,8 bilhões, reflexo do alto endividamento da população. No entanto, em 2020, houve um saldo positivo recorde de R$ 166,31 bilhões, influenciado pela instabilidade econômica causada pela pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial.
Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,5% ao ano, interrompendo o ciclo de cortes implementado pelo Copom devido ao aumento das incertezas econômicas. O comportamento da caderneta de poupança reflete diretamente as políticas econômicas adotadas pelo governo, mostrando-se como uma opção segura e tradicional de investimento para os brasileiros.