Segundo as normas vigentes, a correção do salário mínimo deve incorporar a variação do INPC acumulada nos 12 meses até novembro, além de um percentual que corresponde ao crescimento da economia registrado dois anos antes, limitado a 2,5% anuais em virtude do teto de gastos. Essa abordagem busca garantir um aumento real do piso salarial, em contraste com as políticas adotadas por administrações anteriores, que se restringiam a ajustes baseados somente na variação inflacionária.
Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicam que o modelo utilizado anteriormente teve consequências negativas para o poder de compra da população, principalmente em um cenário de inflação elevada. Durante o período de 2020 a 2022, a simples reposição da inflação não foi suficiente para neutralizar o impacto dos preços de alimentos, que tiveram altas bem acima da média, exacerbando as dificuldades financeiras das famílias de baixa renda.
O salário mínimo brasileiro é estabelecido como a menor remuneração que um trabalhador formal pode receber, sendo crucial para atender às necessidades básicas de moradia, alimentação, saúde, lazer, higiene e transporte, conforme preceitua a Constituição Federal. Contudo, de acordo com as estimativas do Dieese, para que uma família de quatro pessoas consiga suprir essas necessidades essenciais, o mínimo ideal seria de R$ 7.067,18 até novembro de 2025, o que equivale a 4,3 vezes o novo salário mínimo que entrará em vigor em 2026.
Atualmente, aproximadamente 62 milhões de brasileiros recebem salário mínimo. Com o novo reajuste, a expectativa é de que a economia brasileira receba um impulso de R$ 81,7 bilhões, com a injeção de recursos nas camadas menos favorecidas da população, o que pode contribuir para um aumento do consumo e a dinamização do mercado interno. Em tempos de desafios econômicos, esse aumento do salário mínimo é visto como uma medida importante para buscar melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores no país.







