Durante a entrevista, o ministro ressaltou que o país já enfrentou apagões decorrentes de crises na geração de energia, quando a demanda era maior do que a oferta. No entanto, essa não é a situação atual. Segundo Costa, o país possui reservatórios cheios, além de parques eólicos e solares que geram energia em quantidade suficiente. Portanto, a falta de energia não pode ser atribuída a problemas de oferta ou demanda.
Costa destacou a necessidade de identificar o que aconteceu e informar à sociedade o mais rápido possível. Ele revelou que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já solicitou investigações, inclusive policiais, sobre o ocorrido. Caso os operadores do sistema não ofereçam uma resposta sólida que esclareça as causas da queda de energia, será necessário recorrer a medidas mais rigorosas.
Além disso, o ministro abordou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele assegurou que todas as obras serão realizadas, independentemente do partido ou grupo político ao qual governadores e prefeitos estejam vinculados. O governo está disposto a ajudar as empresas a retomarem suas obras paralisadas, inclusive elaborando um roteiro com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU) para reabilitar contratos ou, se necessário, realizar novas licitações.
Rui Costa ressaltou a importância de alguns projetos em tramitação no Congresso Nacional para o sucesso do PAC. O governo está acompanhando de perto esses projetos e pretende dialogar com seus autores e relatores. O ministro destacou a experiência adquirida nas edições anteriores do plano, que contribuirá para a implementação desta nova etapa, incluindo o incentivo a investimentos privados.
O ministro também enfatizou o papel crucial da queda da taxa básica de juros (Selic) para viabilizar os investimentos no país e impulsionar a geração de emprego e renda. Ele expressou o desejo de que a taxa continue caindo, pois isso estimulará os investimentos produtivos e ajudará a superar a crise de desemprego vivenciada atualmente. Costa enfatizou a importância de aproveitar a redução dos juros para estimular investimentos privados e públicos, visando retomar o crescimento econômico no Brasil.