ECONOMIA –

Rioprevidência Garante Pagamento de Aposentadorias Apesar da Liquidação do Banco Master e Investigações da Polícia Federal

O Rioprevidência, responsável pela gestão das aposentadorias e pensões do Estado do Rio de Janeiro, assegurou que o pagamento aos beneficiários está garantido, mesmo após a liquidação do Banco Master. A autarquia fez um investimento de aproximadamente R$ 960 milhões nesta instituição, alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (18).

O Rioprevidência destaca que a responsabilidade pelos pagamentos dos servidores ativos é da Secretaria de Fazenda. Atualmente, a folha de pagamento do governo estadual abrange 421.793 servidores, sendo 177.925 ativos e 84.385 pensionistas, incluindo membros das forças de segurança. O total da folha mensal é de R$ 3,2 bilhões.

Além disso, a comunicação da autarquia esclareceu que os R$ 960 milhões investidos no Banco Master foram aplicados entre outubro de 2023 e agosto de 2024, com vencimentos programados para 2033 e 2034. O Rioprevidência nega relatos que indicam um investimento superior a R$ 2,6 bilhões, que estariam baseados em informações imprecisas de um cálculo realizado pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio. A autarquia também revelou que, no momento, está negociando a substituição dessas letras por precatórios federais.

Na época do investimento, o Banco Master possuía autorização para operar e apresentava um “grau de investimento” classificado como “A-” por uma agência de rating renomada, indicando segurança financeira e credibilidade. As aplicações foram feitas em conformidade com as regulamentações vigentes e com o Plano Anual de Investimentos aprovado pelo Conselho de Administração do Rioprevidência.

Em contrapartida, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) manifestou preocupações com a gestão do fundo e apontou falhas administrativas, que, segundo o sindicato, estariam ligadas a investigações anteriores que evidenciavam uma má administração das verbas, resultando em uma suposta perda de R$ 17 bilhões.

A situação do Banco Master ganhou notoriedade recentemente após a prisão de seu proprietário, que tentava deixar o país durante uma operação que investiga fraudes financeiras, principalmente a emissão de títulos falsos de crédito. O diretor-geral da Polícia Federal indicou que as fraudes poderiam ter movimentado até R$ 12 bilhões. A liquidação extrajudicial do banco foi oficializada pelo Banco Central, e a situação da instituição financeira levantou sérias preocupações sobre a sua política de captação de recursos, que incluía promessas de retornos superiores às práticas de mercado.

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