ECONOMIA – Rentabilidade dos bancos cai 6% no primeiro semestre de 2023, mas perspectivas são positivas, diz Banco Central.

No primeiro semestre de 2023, a rentabilidade dos bancos caiu 6% em comparação ao mesmo período de 2022, totalizando um lucro líquido de R$ 134,4 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho. Apesar desta queda, o Banco Central afirma que o sistema bancário mantém-se rentável e com perspectivas positivas para os próximos meses.

Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do BC referente ao primeiro semestre de 2023, o recuo da rentabilidade foi reflexo do aumento de despesas com provisões, despesas de captação e custos administrativos. No entanto, a perspectiva para os próximos trimestres é de um cenário mais positivo para a rentabilidade das instituições financeiras.

A melhora na qualidade das novas concessões e a redução das estimativas de perdas nas carteiras de crédito indicam menores pressões via provisões. Além disso, o ciclo gradual de flexibilização monetária (queda dos juros básicos) é favorável, reduzindo as despesas de captação dos bancos e aumentando a demanda por crédito e outros serviços bancários.

Em setembro, a taxa média de juros das concessões de crédito teve uma nova queda pelo quarto mês consecutivo, desacelerando em 12 meses. Isso ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, vem sendo reduzida e tem previsão de queda para 11,75% até o fim do ano. Com isso, a taxa de captação dos bancos também vem recuando.

A discussão sobre o limite de juros cobrados na modalidade cartão de crédito rotativo também é destacada no relatório, visto que é uma das modalidades com as taxas mais altas do mercado. Em outubro, o presidente sancionou uma lei que limita os juros do crédito rotativo, mostrando a atenção do governo para questões relacionadas ao sistema financeiro.

Além disso, o comportamento dos juros bancários é acompanhado de perto em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, é utilizada como instrumento pelo Banco Central para controlar a inflação, estando em 12,25% ao ano.

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