Com uma população de 215,6 milhões de habitantes em 2023, o Brasil tinha 140 milhões de pessoas com algum tipo de rendimento, o que corresponde a 64,9% da população – a maior proporção desde o início da pesquisa em 2012. Em contraste, em 2012 essa proporção era de 59,8% e atingiu o nível mais baixo em 2021, durante a pandemia, com 59,8%.
O levantamento apontou que 46% da população, cerca de 99,2 milhões de pessoas, obtiveram rendimentos provenientes do trabalho, enquanto 26%, aproximadamente 56 milhões, obtiveram por outras fontes. O rendimento médio mensal de todos os trabalhos foi de R$ 2.979 em 2023, representando um aumento de 7,2% em relação a 2022.
No entanto, o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto, alerta que o valor máximo alcançado em 2020 não reflete um dinamismo no mercado de trabalho, mas sim uma mudança na composição da população ocupada devido à redução de empregos informais. O rendimento médio de outras fontes diferentes do trabalho também cresceu, atingindo R$ 1.837, um recorde da série histórica.
Ao analisar a composição do rendimento total dos brasileiros, o IBGE identificou que o dinheiro proveniente do trabalho representava 74,2% do total, enquanto 17,5% vinha de aposentadorias e pensões, 2,2% de aluguéis e arrendamentos, 0,9% de pensão alimentícia, doações e mesadas e 5,2% de outros rendimentos, incluindo programas sociais como o Bolsa Família e o BPC.