A alta na renda dos trabalhadores foi de 3,6% em um ano, superando o recorde anterior registrado no trimestre encerrado em janeiro de 2025, que era de R$ 3.365. Vale ressaltar que os valores estão deflacionados, levando em consideração a inflação acumulada no período, o que reflete o real poder de compra do trabalhador.
A pesquisa do IBGE analisa o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, abrangendo todas as formas de ocupação, desde empregos formais até trabalhos temporários e por conta própria. No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego foi de 6,8%.
Um dos pontos destacados pela coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, é o impacto da redução da informalidade no mercado de trabalho no aumento do rendimento médio dos trabalhadores. A taxa de informalidade teve uma leve redução, alcançando 38,1% da população ocupada, em comparação com os 38,7% do trimestre anterior.
O número total de ocupados ficou em 102,7 milhões de pessoas, com destaque para a redução de 468 mil ocupações no grupamento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Esse comportamento sazonal é explicado pela dispensa de funcionários temporários no início do ano.
Além disso, o reajuste do salário mínimo para R$ 1.518 e a contribuição previdenciária de 67,6 milhões de trabalhadores também contribuíram para o aumento do rendimento médio e da cobertura previdenciária. A massa salarial atingiu R$ 342 bilhões, representando um crescimento de 6,2% em um ano.
Em resumo, o aumento do rendimento médio do trabalhador brasileiro reflete um cenário de redução da informalidade e maior formalização no mercado de trabalho, além de outros fatores como o reajuste do salário mínimo e a contribuição previdenciária. Esses dados demonstram um panorama positivo para a economia e o bem-estar dos trabalhadores no país.