ECONOMIA – Reforma tributária isenta 15 alimentos naturais da cesta básica nacional e reduz alíquota de outros 14 produtos em 60%

A reforma tributária proposta pelo governo inclui mudanças significativas na composição da cesta básica nacional, visando beneficiar a população de baixa renda. Quinze alimentos considerados como “in natura” ou pouco industrializados terão imposto zero, enquanto outros 14 produtos terão alíquota reduzida em 60%. O projeto de lei complementar foi enviado ao Congresso na última quarta-feira e baseia-se nas recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde.

Entre os alimentos isentos de imposto estão itens como arroz, feijão, leite e fórmulas infantis, manteiga, cocos, café, entre outros. Já os alimentos com alíquota reduzida incluem carnes bovina, suína, ovina, leite fermentado, queijos, mel natural, entre outros. Além disso, produtos de limpeza como sabões, pastas de dentes e papel higiênico também terão alíquota reduzida em 60%, considerando o alto consumo desses itens pela população de baixa renda.

No entanto, a proposta do governo exclui alimentos ultraprocessados do Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos considerados prejudiciais à saúde. A decisão de tributar apenas bebidas com adição de açúcar e conservantes gerou controvérsia, especialmente entre profissionais de saúde e nutrição. Médicos, chefs e organizações ligadas à saúde e defesa do consumidor manifestaram apoiar a inclusão dos ultraprocessados no imposto seletivo, argumentando em prol de uma reforma tributária saudável.

O projeto também desconsiderou a inclusão de itens considerados de luxo, como fígados gordos, camarão, queijos mofados e cogumelos, defendidos pela Associação Brasileira de Supermercados. A proposta de isenção de impostos para esses alimentos não foi acolhida, priorizando alimentos essenciais e saudáveis para a população mais vulnerável.

Com a intenção de promover uma alimentação mais saudável e equilibrada, a reforma tributária proposta pelo governo busca beneficiar a população de baixa renda, isentando impostos sobre alimentos essenciais e reduzindo alíquotas de produtos básicos e de limpeza. A decisão de excluir os ultraprocessados do Imposto Seletivo levantou debates sobre a importância de incentivar escolhas alimentares mais saudáveis e combater produtos nocivos à saúde.

Sair da versão mobile