Durante uma entrevista coletiva para explicar as medidas anunciadas na noite de quarta-feira (28), o ministro esclareceu que a dedução de 100% de gastos médicos da declaração do Imposto de Renda permanecerá inalterada. Ele destacou a importância de corrigir as distorções relacionadas aos gastos com saúde, ressaltando que essas despesas continuarão sendo dedutíveis na sua totalidade.
Além disso, Haddad anunciou que a restrição à isenção do Imposto de Renda para quem tem problemas de saúde, juntamente com o aumento de impostos para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, permitirá obter os recursos necessários para elevar a faixa de isenção para aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês, totalizando um montante de R$ 35 bilhões.
O ministro também esclareceu que a segunda fase da reforma tributária, que contempla mudanças no Imposto de Renda, não se confunde com o pacote de corte de gastos e afirmou que essas alterações serão discutidas ao longo do próximo ano, com previsão de entrar em vigor a partir de 2026.
Haddad enfatizou que as mudanças propostas no Imposto de Renda não terão impacto negativo na arrecadação do governo e salientou que a reforma tributária não tem como objetivo aumentar ou diminuir a arrecadação, mantendo assim um equilíbrio fiscal.
Em relação à elevação da faixa de isenção, o ministro explicou que o governo não fará correções em toda a tabela do Imposto de Renda, mas sim aplicará um desconto escalonado para criar uma gradualidade e evitar penalizar excessivamente quem ganha a partir de R$ 5.001.
Portanto, as mudanças anunciadas buscam promover uma reforma justa e equilibrada, garantindo a sustentabilidade fiscal do país sem sobrecarregar aqueles que têm rendas mais baixas.