Com a nova alteração, o novo valor do salário mínimo entrará em vigor a partir de janeiro de 2026, refletindo diretamente nos pagamentos realizados aos trabalhadores no mês seguinte, em fevereiro. A metodologia de reajuste do salário mínimo é baseada em duas principais variáveis: uma delas é o INPC acumulado até novembro do ano anterior, que, no caso deste ano, é de 4,18%, e a outra é o crescimento da economia nos últimos dois anos, que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi revisado e confirmado em uma expansão de 3,4%.
Entretanto, o arcabouço fiscal vigente determina que ganhos acima da inflação devem respeitar um limite que varia entre 0,6% e 2,5%. De acordo com as regras estabelecidas, o salário mínimo para 2026 seria calculado em R$ 1.620,99. No entanto, com o arredondamento estipulado pela legislação, o novo valor se estabelece em R$ 1.621.
A revisão dos índices provocará uma reavaliação nas estimativas do governo para as contas públicas em 2026. Isso se deve ao fato de que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, que já havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, previa um salário mínimo de R$ 1.627, projetando um reajuste ainda maior, de 7,18%. Portanto, a confirmação do novo valor do salário mínimo não só impactará diretamente diversos trabalhadores, mas também exigirá ajuste nas previsões financeiras do governo para o ano seguinte.
