João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, da Força Sindical, explicou que esse tipo de manifestação é uma tradição que acontece sempre antes da decisão do Banco Central sobre a taxa de juros. Ele ressaltou que a alta taxa de juros prejudica os investimentos na indústria, o consumo e a geração de empregos, impactando negativamente a economia do país. Para ele, a redução dos juros poderia melhorar as condições econômicas para a produção, consumo e geração de empregos.
O ato, denominado Dia Nacional de Mobilização Menos Juros, Mais Empregos, contou com a participação de diversas centrais sindicais, como a CUT, CSB, CTB, UGT, Intersindical e NTST. Atualmente, a taxa Selic está em 13,25%, mas há uma expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central eleve essa taxa para 14,25%, o maior patamar desde 2016.
Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, criticou a possibilidade de mais um aumento na taxa de juros, afirmando que o Brasil tem a maior taxa de juros do planeta. Ele ressaltou a importância de baixar os juros como medida para sair da recessão. O movimento contou também com o apoio da União Municipal dos Estudantes (Umes), que denunciou a falta de investimento na educação devido aos altos juros.
Até o momento, o Banco Central não se pronunciou sobre a manifestação das centrais sindicais. A pressão das entidades trabalhistas e estudantis busca sensibilizar as autoridades para a importância da redução dos juros como parte de um plano para impulsionar a economia do país. A população aguarda atentamente para ver qual será a decisão final do Banco Central em relação à taxa Selic.
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