Até então, a equipe econômica trabalhava com um déficit zero em 2024 e superávit primário de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% do PIB em 2026, também com a margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. No entanto, as receitas extras que entraram nos cofres federais em 2024 não devem se repetir em 2025, o que torna mais difícil o cumprimento das metas anteriores. O PLDO prevê um intervalo de déficit de R$ 31 bilhões a superávit de R$ 31 bilhões em 2025, e um superávit de R$ 33,1 bilhões em 2026.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia informado anteriormente que a meta de resultado primário estava em zero para o próximo ano. Ele também defendeu uma meta fiscal “factível” para 2025 para garantir credibilidade ao novo arcabouço fiscal. Além disso, o governo enfrenta desafios com o Congresso, que deseja manter a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, a redução da contribuição à Previdência Social por pequenas prefeituras e apoio a empresas do setor de eventos.
O PLDO de 2025 propõe medidas de revisão de gastos no INSS e nas indenizações do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária para os próximos anos, com uma economia total de R$ 37,3 bilhões. O projeto estabelece limites de crescimento dos gastos, com as despesas federais podendo subir até 5,92% em 2025. O novo arcabouço fiscal limita o crescimento real dos gastos a 70% do crescimento real da receita, funcionando como um teto de gastos atenuado.







