Neste fim de ano, o Boletim Focus, um instrumento do Banco Central que compila as previsões do mercado, não anunciou alterações na taxa Selic, atualmente fixada em 15%. Esse valor representa o maior patamar desde julho de 2006, quando a taxa atingia 15,25% ao ano. O aumento da Selic começou em setembro de 2024, após um período de redução que levou a taxa a 10,5% no ano anterior. Desde junho, a taxa de juros permanece estável em 15%, refletindo uma política monetária cautelosa diante da inflação.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a base para medição da inflação no Brasil, viu suas projeções reduzidas pela sétima vez consecutiva, com a expectativa atual de 4,32%, mostrando uma leve queda em relação à semana anterior, que estava em 4,33%. A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2025 é de 3%, com uma margem de tolerância que vai de 1,5% a 4,5%.
Os dados mais recentes indicam que, em novembro, a inflação mensal foi de 0,18%, um leve aumento em comparação com os 0,09% registrados em outubro. O acumulado dos últimos 12 meses mostra uma inflação de 4,46%, que ainda está dentro das diretrizes do CMN. Para os anos seguintes, a expectativa do mercado indica um IPCA de 4,05% para 2026 e 3,8% para 2027.
Quanto ao câmbio, a previsão é de que o dólar encerre 2025 cotado a R$ 5,44, um pequeno aumento em relação à expectativa anterior de R$ 5,43. Essa oscilação também se reflete nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), que se mantém em 2,26%, com previsões de crescimento de 1,80% para 2026 e 2027.
A economia brasileira, impulsionada pelo crescimento dos setores de serviços e indústria, registrou um crescimento de 0,4% no segundo trimestre deste ano. Este resultado é significativo, considerando que o PIB de 2024 apresentou uma expansão de 3,4%, enfatizando um ciclo de recuperação econômica, o que a torna a maior alta desde 2021. Portanto, o cenário é promissor, apesar dos desafios que permanecem no horizonte.
