Essa nova expectativa é uma leve redução em comparação aos 4,80% projetados há uma semana, e dos 4,83% previstos há quatro semanas. Para os anos de 2026 e 2027, as previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se mantêm estáveis em 4,28% e 3,9%, respectivamente. No entanto, a inflação estimada para 2025 permanece acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que, em setembro, houve um aumento de 0,48% nos preços, principalmente devido à alta nas tarifas de energia elétrica. No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA alcançou 5,17%, mesmo frente a uma deflação em agosto, quando o índice ficou em -0,14%. É relevante destacar que os preços dos alimentos continuam em queda, marcando o quarto mês consecutivo de recuo.
No que diz respeito à taxa Selic, permanece fixada em 15% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Esta taxa se mantém inalterada há 16 semanas consecutivas, com projeções indicando uma redução gradual para 12,25% em 2026 e 10,50% em 2027. A manutenção da Selic elevada reflete as incertezas no cenário econômico internacional e um crescimento interno moderado, conforme declarado pelo Copom.
Quanto ao PIB, as perspectivas continuam otimistas, com crescimento previsto de 2,16% para 2025 e 1,80% para 2026. Para 2027, as projeções foram revisadas para baixo, passando de 1,90% para 1,83%. Além disso, o mercado espera que a cotação do dólar atinja R$ 5,43 ao final de 2025, com uma tendência de queda progressiva nos anos seguintes.
Este conjunto de dados sugere um cenário de estabilidade com algumas flutuações, refletindo o atual estado da economia brasileira e sua interação com fatores externos e internos. As decisões em torno da Selic e das projeções de crescimento estão profundamente ligadas à busca pela manutenção do controle inflacionário, que, embora esteja avançando, ainda apresenta desafios significativos para a política monetária do país.