Uma mudança significativa foi observada em agosto, quando o Brasil registrou a primeira inflação negativa desde agosto de 2024, com uma deflação de -0,11%. Esse cenário faz com que as expectativas do mercado financeiro se aproximem do teto da meta estabelecida para a inflação, que é de 4,5%. No âmbito do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a deflação foi ainda mais pronunciada, atingindo -0,21%.
Além das expectativas de inflação, o Boletim Focus também projeta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,16% para 2025, mantendo a mesma previsão da semana anterior. Contudo, quatro semanas atrás, as expectativas eram de um crescimento ligeiramente maior, de 2,18%. Para 2026 e 2027, as previsões para o PIB também continuam estáveis, com cifras de 1,80% e 1,90%, respectivamente.
Em relação à taxa Selic, permanece em 15% ao ano pela 13ª semana consecutiva. Esta informação é relevante, já que o Comitê de Política Monetária do Banco Central justifica essa manutenção levando em consideração a incerteza do ambiente econômico externo, especialmente em relação à política dos Estados Unidos. Essa cautela é considerada essencial para os países emergentes diante de um cenário geopolítico complexo. Apesar do dinamismo observado no mercado de trabalho, os índices da atividade econômica apresentam uma moderação no crescimento.
No que diz respeito ao câmbio, o mercado financeiro mantém a previsão de que o dólar encerrará 2025 cotado a R$ 5,50. Este valor é uma leve baixa em comparação à expectativa anterior de R$ 5,59. Para os anos subsequentes, as projeções se mantêm em R$ 5,60. Atualmente, a moeda americana está cotada a R$ 5,32, refletindo uma instabilidade que merece atenção.
Assim, as expectativas econômicas apresentadas no Boletim Focus revelam um cenário de moderação, com inflação e crescimento do PIB ambos sob constante vigilância, enquanto o Banco Central continua a utilizar sua principal ferramenta, a Selic, para estabilizar a economia brasileira.
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